Esquenta sucessão na Câmara de Ilhéus
A sucessão da Mesa Diretora da Cãmara de Ilhéus, vai além da disputa de dois candidatos da base e do partido do prefeito Mário Alexandre, o PSD. Não parece, mas ela também não é tão tranquila para o próprio prefeito. Figuras influentes no processo eleitoral que acontece internamente na Casa, garantem que, na essência, a disputa é do prefeito Mário com o ex-prefeito Jabes. Obviamente, os dois vão negar a estratégia de "times". E de lados.
Paulo Carqueija seria o candidato da base. Jerbson Moraes, até então figura da extrema confiança do prefeito Mário, estaria tendo o apoio que precisava da base de oposição para vencer o pleito. O resultado está tão apertado, que os apoiadores de Carqueija decidiram pelo retorno do secretário municipal e vereador licenciado Gil Gomes, apenas para votar na eleição interna.
"Hoje o resultado apresenta-se favorável a Carqueija, por 10 a 9. Já vimos este filme antes e não podemos arriscar com um voto de suplente", assegura a fonte. A disputa tem sido tão acirrada que ontem a chamada base aliada esteve com o prefeito, em sua residência, para debater a sucessão. Logo que a notícia vazou, os que nao foram convidados para o encontro, fizeram uma visita surpresa ao prefeito.
Vale destacar: o fato de Jerbson ter, no entanto, o apoio de nomes da base jabista, obviamente que (ainda) não representa algum ropimento ou ferida exposta com Mário e nem traição a ele. Mas para a base aliada, uma vitória do grupo "adversário", representa uma derrota do prefeito, desnecessária neste momento.
Procurado pela reportagem do JBO, Gil Gomes disse que preferia esperar até amanhã para se manifestar. "Ainda tem umas coisas para aconteer", justificou. A fonte também informou que o prefeito Mário cuida com muito cuidado da sucessão para evitar rompimentos nos dois últimos anos do seu governo. Para acalmar os dois lados, chegou a dizer em um encontro com os dois candidatos que pretende consultar o diretório estadual do seu partido, para saber como conduzir a disputa entre dois correligionários e filiados.
Os dois lados, entretanto, não param de montar estratégias. A eleição da Câmara acontece no dia 11 de dezembro.